A nossa rádio

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Desfile Intercultural




Participação dos alunos de Português Língua Não Materna no lançamento da tradução do livro “Quanto Vale a Amizade?” para Romeno, Moldavo, Ucraniano, Chinês (Mandarim) e Crioulo de Cabo Verde.


Este é o momento anterior  ao nosso desfile. Foi um tempo de diversão, de treino e de concentração.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Exposição História da Língua Portuguesa

 

14a_2013.pdf_page_1Inaugurámos, hoje a exposição “História da Língua Portuguesa”, para comemorar o DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA.

A exposição encontra-se no átrio central, onde estará patente ao público escolar, durante a próxima semana.

Foi gentilmente cedida pela Universidade Autónoma.

O cartaz que aqui reproduzimos mostra-nos a influência da Língua Portuguesa no mundo, através dos diferentes crioulos (língua originada pelo contato de uma  língua europeia com a língua nativa que se tornou a língua materna de uma comunidade).

Quanto Vale a Amizade?

 

Quanto-vale-a-amizade-CapaA DGE - Direção Geral de Educação e a ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, com a colaboração do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro,  efetuaram, hoje,  o lançamento do livro “Quanto Vale a Amizade?”, edição bilingue em versões português-mandarim, português-romeno, português-ucraniano e português-crioulo de Cabo Verde,  nas instalações da EB1 nº 1 de Mem Martins, escola do nosso Agrupamento localizada no Bairro de São Carlos.

Houve um desfile intercultural, com os trajes típicos dos países acima referidos, leitura de passos do livro em várias línguas e um momento musical.

Foi bonito e todos os participantes estão de parabéns.

DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA

 

OBJETIVOS:

O apelo à necessidade de se preservar a diversidade linguística e o alerta para o risco de extinção de um elevado número de línguas.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Em 21 de fevereiro de 1952, na cidade de Daca, atual capital do Bangladesh, a polícia paquistanesa disparou sobre um grupo de estudantes que se manifestava reivindicando que a sua língua materna, o Bengali, fosse reconhecida como uma das duas línguas nacionais do Paquistão.

Em 1971, o Bangladesh, deixou de ser o Paquistão Oriental e conquistou a sua independência. O Bengali tornou-se então a língua nacional deste país (com cem milhões de falantes), sendo igualmente a língua materna de 70 milhões de indianos que vivem na região de Bengala ocidental e regiões circundantes.

Quarenta e sete anos depois dos trágicos acontecimentos de 21 de fevereiro de 1952, mais precisamente em novembro de 1999, a 30ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, por proposta do Bangladesh, proclama o dia 21 de fevereiro como Dia Internacional da Língua Materna. No projeto de resolução 30 C/DR.35 pode ler-se: a promoção e difusão das línguas maternas não só estimulam a diversidade linguística e a educação multilingue como contribuem também para desenvolver uma maior consciência das tradições linguísticas e culturais do mundo e para fomentar a solidariedade baseada no entendimento, na tolerância e no diálogo”.

PRESERVAÇÃO DAS LÍNGUA MATERNAS

O reconhecimento da importância das línguas maternas pela UNESCO, confirmada posteriormente em Assembleia Geral da ONU, é um apelo à necessidade de se preservar a diversidade linguística, mas também um alerta para o risco de extinção de um elevadíssimo número de línguas.

Com efeito, a diversidade linguística do mundo corre o risco de se transformar numa empobrecedora homogeneidade. Em cada ano que passa, o número de línguas diminui assustadoramente. São diversas as causas que podem conduzir à morte de uma língua. Desde logo, o maior fator de risco é um reduzido número de falantes. A este risco juntam-se outros que, por destruírem as comunidades, destroem igualmente as suas respetivas línguas: decisões políticas que conduzem à dispersão geográfica, a deslocação geográfica voluntária por falta de meios de subsistência, a imposição ditatorial de uma língua única e exclusiva, a globalização e até, como já se verificou no passado, o contágio de doenças para as quais toda uma comunidade pode não ter defesas.

Estima-se que existam no mundo aproximadamente 6 mil línguas. Porém, este número, aparentemente elevado, pode ser enganador: 11,5% destas línguas (aproximadamente 600 línguas) têm menos de 150 falantes, 30,1% (aproximadamente 1800 línguas) têm menos de mil falantes e 59, 4% têm menos de 10 mil falantes. Considerando que 10 mil corresponde ao valor de referência abaixo do qual o número de falantes pode constituir um fator decisivo que conduz ao desaparecimento de uma língua, então, 3.564 línguas (ou seja, mais de metade das línguas existentes) estão em vias de extinção.

No Brasil, no século XIX, falavam-se mil línguas ameríndias. No final do século XX, não havia mais de 200. Hoje, serão seguramente ainda menos. Das sete línguas bálticas, cinco já desapareceram (entre os séculos XVI e XVII), restando atualmente o Lituano e o Letão.

O muito que já perdemos em património linguístico deve ensinar-nos a cuidar do que ainda temos. Se pensarmos que das 6 mil línguas existentes, talvez apenas um pouco mais de 100 línguas tenham um registo escrito, então a morte das línguas é também a desertificação cultural do mundo. E se, por um excesso de barbárie, todos viéssemos a falar, no futuro, uma língua apenas, fosse um medonho inglês ou um mecânico esperanto, o mundo seria realmente um grande e monótono deserto. Por todas estas razões, é necessário e urgente repensar o mito de Babel: talvez não tenha sido afinal um castigo, mas uma dádiva divina.

Dia Internacional da Língua Materna

 

Torre de Babel

clip_image002A Torre de Babel, que significa a "porta do céu" ou a "porta de Deus", é mencionada na Bíblia (Génesis, 11), como uma das construções mais ambiciosas do homem. Chegados ao Oriente, os Babilónios estabeleceram-se na planície de Sinar, onde resolveram construir uma cidade, a Babilónia, uma das sete maravilhas do mundo, com sumptuosos palácios, jardins suspensos e com uma torre, erigida, provavelmente, em forma

de zigurate e coroada por um templo, no seu topo, por forma a alcançar o céu. Segundo Heródoto, a cidade era tão magnífica que era incomparável a qualquer outra existente. Com esta obra, o povo podia tornar-se famoso e evitava a sua dispersão pela terra. Todavia a Torre de Babel era obra do orgulho humano, pois pretendia estar à altura de Deus e eventualmente contra ele. Por essa razão Deus castigou os seus construtores.
Quando Deus veio à terra visitar a obra, considerou que, sendo um povo com uma única linguagem e com as obras realizadas, nada os impediria de realizarem o projeto deles. Então, para castigar a obra do orgulho humano, Deus resolveu confundi-los na sua linguagem, de tal forma que não se compreendessem uns aos outros. Sem se entenderem, os construtores da Torre de Babel interromperam os seus trabalhos de construção e dispersaram-se por toda a terra, dando origem às diversas culturas e diferentes línguas que se falam no mundo. A partir de então, Babel passou a ser sinónimo de confusão e a simbolizar o castigo divino sobre a arrogância, orgulho e paganismo humanos.

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Torre de Babel. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-02-19].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$torre-de-babel>.